As vendas de cimento no primeiro semestre totalizaram 30,6 milhões de toneladas (mt), registrando um aumento de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2023, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). No entanto, a previsão de crescimento para 2024 foi revisada para baixo, passando de 2,4% para 1,4%, uma queda de um ponto percentual.
Caso essa previsão se concretize, a ociosidade do setor diminuirá de 33,4% para 33%, ainda acima dos níveis tradicionais, que giram em torno de 15%. Em termos de volume, isso representa um acréscimo de 900 mil toneladas em relação ao resultado anual anterior, que foi de 62,9 mt.
Segundo Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, a revisão para baixo na projeção deve-se a uma combinação de fatores negativos, incluindo a interrupção do ciclo de queda na taxa básica de juros, a redução nos lançamentos imobiliários e os eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.
Penna considera o crescimento de 1,4% modesto, especialmente porque a base de comparação inclui as vendas de 2023, quando o setor retraiu 1,7% e comercializou 62 milhões de toneladas de cimento.
A alta do câmbio também é uma preocupação para o setor, pois tende a aumentar os custos de produção do cimento. O coque de petróleo, principal matéria-prima utilizada na geração de energia para a produção de cimento, é sensível às flutuações cambiais.
Diante da pressão nos preços do coque de petróleo e dos impactos ambientais desse insumo fóssil, o setor tem intensificado as iniciativas de coprocessamento. Essa alternativa, que é mais favorável ao meio ambiente, representou 30% da matriz energética do setor em 2022.
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