O mercado de bens duráveis, como materiais de construção essenciais para obras e reformas residenciais, está intimamente ligado a diversos fatores-chave, incluindo emprego, renda, confiança do consumidor e acesso ao crédito.
Emprego e renda têm registrado desempenhos positivamente consideráveis, com aumentos salariais tanto para trabalhadores formais quanto informais superando a inflação, resultando em um crescimento real da massa salarial (fontes: IBGE/CAGED).
Além disso, a confiança dos consumidores atingiu patamares mais altos em março de 2024, comparado aos últimos quatro anos (fonte: Ibre/FGV).
Inclusive, fizemos um post há algumas semanas destacando o aumento de vendas e o crescimento do setor no primeiro bimestre desse ano. Clique aqui e leia.
No entanto, é importante observar que o número de consumidores inadimplentes ainda é significativo. Esse cenário neutraliza parte dos efeitos positivos, limitando a disponibilidade de crédito ao consumo e o parcelamento de compras (fonte: Serasa).
Em resumo, embora haja sinais encorajadores de crescimento no mercado de bens duráveis, é indispensável monitorar de perto a situação da inadimplência para entender completamente o panorama e suas implicações no setor de materiais de construção.
Com base nas mais recentes projeções estatísticas, derivadas da nova série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), vislumbra-se um aumento de 0,1% no volume de vendas (faturamento real/nominal deflacionado) no setor de materiais de construção no Brasil, comparando 2024 com 2023.
Considerando a volatilidade dos últimos quatro anos, é prudente estender as análises para períodos mais amplos, a fim de neutralizar distorções e obter uma compreensão mais precisa da situação.
Já em termos nominais, o comércio de materiais de construção apresentou um crescimento de 53% no período de 2020 a 2023 (baseado em 2019). Com as projeções consideradas, esse crescimento pode chegar a 55,3% no período de 2020 a 2024 (também baseado em 2019).
Se confirmada a tendência de crescimento em volume de vendas, 2024 marcará o fim da sequência de quedas observadas em 2022 e 2023, enquanto o crescimento nominal pode representar o oitavo ano consecutivo de aumento (de 2017 a 2024).
Desconsiderando variáveis sociopolíticas e econômicas futuras que podem alterar essas tendências, as expectativas são as melhores possíveis.
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